quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"Quem sabe um mundo melhor? I don't know. I'm just a dreamer..."


Contemplando pela janela o mundo afora
Desejando saber se a mãe terra sobreviverá
Esperando que a humanidade parasse de abusar dela alguma vez

Afinal só existem dois de nós
E aqui estamos, ainda lutando por nossas vidas
Vendo toda história se repetir, vez por vez

Sou apenas um sonhador
Eu sonho minha vida
Sou apenas um sonhador
Que sonha com dias melhores

Vejo o sol descer como todos nós
Estou aguardando que o amanhã traga bons sinais
Dessa vez, um lugar melhor para aqueles que virão depois de nós

Sou apenas um sonhador
Eu sonho minha vida
Sou apenas um sonhador
Que sonha com dias melhores

Sua força maior talvez seja Deus ou Jesus Cristo
Isso não tem muita importância para mim mesmo
Sem ajudar uns aos outros não haverá esperança para nós
Vivo num sonho de fantasia

Se ao menos pudéssemos encontrar serenidade
Seria ótimo se pudéssemos viver como um só
Quando acabará toda essa raiva e fanatismo?

Sou apenas um sonhador
Eu sonho minha vida
Sou apenas um sonhador
Que sonha com dias melhores

Sou apenas um sonhador
Que hoje está procurando o caminho
Sou apenas um sonhador
Sonhando minha vida
 
° E ai? Seria pessimismo ser um sonhador de acordo com a letra? Não. E sim de fato, realismo absoluto. Um mundo sem injustiças, um mundo onde todos confraternizam um com o outro na maior alegria, onde religião e ciência fizeram as pazes, onde exista uma biodiversidade completa, sem tráfico, desmatamento, matança,,, " I'm just a dreamer."


Outra letra que fala um pouco sobre isso é " Crazy Train ", bem realista inclusive:
 
Louco, mas é assim que as coisas são
Milhões de pessoas vivendo como inimigas
Talvez não seja tarde demais
Para aprender a amar
E esquecer como odiar

Feridas mentais não tem cura
A vida é uma vergonha amarga
Estou saindo dos trilhos num trem maluco
Estou saindo dos trilhos num trem maluco

Eu escutei os pregadores
Eu escutei os tolos
Eu vi quem abandonou os estudos
E faz suas próprias regras
Uma pessoa condicionada
A mandar e controlar
A mídia vende isto
E você vive o papel

Feridas mentais ainda gritam
Me deixando louco
Estou saindo dos trilhos num trem maluco
Estou saindo dos trilhos num trem maluco

Sei que as coisas estão saindo erradas para mim
Você precisa escutar minhas palavras

Herdeiros de uma guerra fria
Foi o que nos tornamos
Herdando problemas
Estou mentalmente anestesiado
Louco, eu simplesmente não consigo suportar
Estou vivendo com algo
Que simplesmente não é justo

Feridas mentais não tem cura
Quem e o que culpar
Estou saindo dos trilhos num trem maluco
Estou saindo dos trilhos num trem maluco
 
 
( Talvez de acordo com o compositor, o objetivo da letra não seja o que compreendi, mas de fato retrata.)

°° Bom! Porém toda essa questão de um mundo melhor, é um assunto delicado, pois são bilhões de cabeças diferentes, mas se esses bilhões acordarem com certeza pode haver um acordo que melhore as condições mundiais, mas creio que vai demorar um tempinho, mas nada é impossível, basta acreditar, um mundo melhor começa na nossa casa."


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Viver a lei da natureza...

...conforme foi pensada pelo Criador, é a única forma de garantir a felicidade. A tentativa dos homens de explicarem o inexplicável é o que gera a forma mais proficua da descrença. Chegará um período, na evolução da Humanidade, em que não mais haverá ansiedade em torno do saber e  dos mistérios, pois tudo será visto e vivido com a dimensão do infinito.
( Mensagem de um anjo simplificando os ensinamentos da vida além da matéria)

...Em resumo, assim entendi o recado daquele pai amoroso:
- Os fatos construídos por mentes pré moldadas, com desejo inocente de fazerem o bem, estabelecem parâmentros de valores complicados. A História eterna, mas os doutores possuem apenas o galardão de eternidade, não a sabedoria correspondente ao absoluto, porque todos e tudo se inserem no relativo.
          O que importa é o que destila do seu coração, no qual está a grandeza da divindade, e não tanto da formidável capacidade da razão, que perde sua razão de ser, na dimensão do exclusivo da eternidade.

( Infelizmente não lembro-me o nome do livro, mas é um livro espirita, que fala sobre uma viajem a outro mundo, onde existem raças diferentes... É um livro ótimo. Pena que não lembro..)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O Ninho da Águia, de David Wolter


Recomendo.

Fonte: http://www.grandesfilmes.com.br/search/label/Curta%20o%20Curta

Book- João Cabral de Melo Neto


'E neste rio indigente, 
sangue-lama que circula
entre cimento  esclerose
com sua mancha quase nula

e na gente que se estagna
nas mucosas deste rio, 
morrendo de apodrecer
vidas inteiras a fio,
podeis aprender que o homem
é sempre a melhor medida.
Mais: que a medida do homem
não é a morte mas a vida. '

( Paisagem com figuras - 1954-1955 - João Cabral de Melo Neto )

' No mentido alicerce de
morta civilização
a luta que sempre ocorre
não é tema de canção.

É uma luta contra o deserto,
luta em que sangue não corre,
em que o vencedor não mata
mas aos vencidos absorve.

É uma luta contra a terra
e sua boca sem saliva,
seus intestinos de pedra,
sua vocação da caliça,

que se dá de dia em dia,
que se dá de homem a homem, 
que se dá de seca em seca,
que se dá de morte em morte.'

( Paisagem com figuras - 1954-1955 - João Cabral de Melo Neto )

Morte e vida severina  - ( Um breve resumo )

         Conta a história de um retirante de nome Severino, que a muito tempo está partindo para o litoral com o objetivo de fugir da seca, fome e morte.  Severino acreditava que a vida na Capital era mais "mansa" menos severina, porém chegando lá ele se depara com o oposto, a morte e o desespero cercam o lugar.
         Primeiro ele se depara com homens carregando um defunto, que foi assassinado, pois tinha que expandir suas terras, porque não eram produtíveis. Depois o retirante pega carona em uma "carreata" onde mais uma vez é sobre defunto. Porém ele decide ir atrás de emprego, indo até uma mulher que se encontra debruçada em uma janela, então descobre que tudo o que sabe fazer não serve pra nada, a única coisa que lucraria, seria trabalhar em torno da morte (coveiro, médico, rezadeira.). Então severino continua sua viagem, acreditando que a Capital, não seria muito boa quanto parece, tudo era diferente e mais triste. Então já no Recife, desiludido, chega seu José, mestre de carpina. Desesperançado Severino revela à seu José que pretende se suicidar, se jogar no rio e morrer em algo "macio e líquido" (suspeitei isso desde a parte em que ele perguntou a profundidade do rio SHAUHSA). Seu José tenta convencer que ainda vale a pena lutar... Mas Severino não vê diferença e pergunta: "Que diferença faria se em vez de continuar tomasse melhor saída: a de saltar, numa noite, fora da ponte e da vida?", nesse exato momento entra uma mulher (onde eles estavam) e diz que o filho de seu José "saltou para dentro da vida", nasceu um lindo menino. Então chegam vários conhecidos trazendo presentes, e duas ciganas que estavam ali, revelam o futuro do menino dizendo que, quando pequeno aprendera a viver como os bichos, porém quando crescer vai trabalhar em uma fábrica e poderá viver melhor.
          Severino assiste o momento, e vem até ele seu José e diz que não sabe responder sua pergunta, porém este nascimento poderia ser uma resposta: a vida tem mais é que ser vivida.

° Ultima parte do livro° - resposta de seu José:

"- Severino, retirante,
deixe agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida;
nem conheço essa resposta,
se quer mesmo que lhe diga;
é difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina;
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fábrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina."

 (Morte e vida severina - João Cabral de Melo Neto, Editora: Ponto de leitura)